Francesco Alberoni, é Professor de Sociologia na Universidade de Milão, e é um famoso estudioso dos movimentos colectivos e dos sentimentos humanos. Um dos mais famosos intérpretes da sociologia moderna. Apoia-se numa inteligência profunda e numa necessidade insaciável de compreender (e explicar) os fundamentos do comportamento humano.
Os seus livros, estão traduzidos em dezoito línguas. São lidos e estudados por milhões de pessoas em todo o mundo. São dele estas célebres palavras:
-“O mundo moderno dará os seus primeiros passos quando as pessoas abandonarem a ira teológica e as guerras religiosas. Quando deixarem de acreditar no Inferno e na condenação, quando deixarem de querer impor aos outros o seu credo. Quando (…) retirarem do cristianismo a mensagem moral essencial e nunca mais voltarem a querer ouvir falar de um Deus que se comporta como um patriarca encolerizado ou como um inquisidor medieval”. E acrescenta, alegando que o “mundo moderno despertará quando começar a crítica racional aos textos sagrados. Quando a inteligência tiver a coragem de distinguir (…) aquilo que é moral e aquilo que, pelo contrário, é imoral. De separar tudo o que é resíduo de épocas arcaicas e de barbárie…”
Mas…meus Senhores: a economia da natureza é competitiva, do princípio ao fim. Não existe uma ponta de caridade genuína para nos melhorar a visão…
Arranhemos um “Altruísta” e observemos, rapidamente, um “hipócrita” revoltoso! Os seres humanos estão fortemente predispostos a responder com o ódio irracional a esta ou àquela ameaça, por mais pequena que seja.
Tendemos a recear profundamente as acções dos desconhecidos e a resolver conflitos através da agressão. Somos assim, infelizmente! Egoístas, invejosos, fingidos, agiotas…e Autoritários. Temos a mania, de sermos sempre superiores aos outros. É raríssimo haver um lugar onde as pessoas não sejam classificadas, ou pela condição financeira, intelectual, aparência física, fama ou qualquer outro tipo de parâmetro. O homem facilmente vive a ditadura do preconceito.
Isto é, faz, antecipadamente, um juízo de alguém. Aliás, é uma das mais drásticas e destrutivas doenças da humanidade: classificar (difamar) as pessoas, mesmo sem as conhecer. A discriminação já arrancou lágrimas, cultivou a injustiça, distorceu o direito, fomentou o genocídio e muitas outras formas de violação dos direitos humanos.
Mas, para Jesus Cristo, ninguém é indigno e desclassificado por qualquer condição ou situação. Uma prostituta tem o mesmo valor que um moralista; uma pessoa iletrada (sem qualquer tipo de cultura), tem o mesmo valor que um intelectual, ou um versado escritor. Uma pessoa excluída, tem o mesmo valor que um soberano. Cristo era de tal maneira contra a discriminação que fazia, que os moralistas da sua época, tinham medo Dele e das suas palavras. Teve a coragem de dizer aos fariseus “que os corruptos colectores de impostos e as meretrizes os precederiam no seu reino”.
Como é possível que os corruptos e as prostitutas precedessem os fariseus tão famosos e moralistas? É que na época os colectores de impostos eram odiados e as prostitutas eram apedrejadas. Todavia, o plano transcendental de Cristo arrebata a psicologia humanista. Nele todos se tornam indistintamente seres humanos. Nele, somos todos iguais!
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